Notícias https://saude.mg.gov.br Sat, 18 May 2024 19:15:30 +0000 Joomla! - Open Source Content Management pt-br Teste do pezinho em Minas identifica, pela primeira vez, bebê com imunodeficiência combinada grave https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19897-teste-do-pezinho-em-minas-identifica-pela-primeira-vez-bebe-com-imunodeficiencia-combinada-grave https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19897-teste-do-pezinho-em-minas-identifica-pela-primeira-vez-bebe-com-imunodeficiencia-combinada-grave

O Programa de Triagem Neonatal (PTN), mais conhecido como teste do pezinho, realizado na rede pública de saúde estadual, diagnosticou, pela primeira vez, uma criança com imunodeficiência combinada grave (SCID), doença rara que acomete um a cada cerca de 50 mil bebês.

Crédito: Fábio Marchetto

A SCID é um grupo de doenças genéticas em que o sistema imunológico está comprometido, resultando em número baixo ou ausente de linfócitos e baixos níveis de anticorpos (imunoglobulinas).

Embora seja considerada uma emergência imunológica, a doença tem tratamento e cura. O diagnóstico já nos primeiros dias de nascimento do bebê amplia as possibilidades de sobrevivência.

Segundo o médico imunologista e coordenador do setor de Imunologia Clínica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Jorge Andrade Pinto, uma das consequências da SCID é que a criança não responde de forma eficiente aos agravos que ocorrem na infância porque não é capaz de produzir anticorpos em níveis adequados para defender seu organismo.

“O bebê nasce mais suscetível a doenças comuns nessa faixa etária, que geralmente são facilmente combatidas pelo sistema imunológico. É um problema grave, pois, com uma resposta imunológica ineficiente, a criança é suscetível a evoluir negativamente quando acometida por doenças infecciosas comuns. Para ela, uma gripe pode ser fatal”, explica ele.

Desta forma, assim que identificada a doença, é imprescindível que o tratamento seja iniciado. De acordo com o imunologista, inicialmente, são adotadas medidas preventivas para evitar infecções por bactérias, vírus e fungos.

Também deve ser iniciada a reposição de imunoglobulina, fornecimento de fórmula láctea e suspensão de vacinas com organismos vivos até que seja possível realizar o transplante de medula óssea, única opção de cura definitiva.

“Esse conjunto de medidas permitem que a criança se mantenha estável e livre de infecções até a realização do transplante. Então, ao fazer a triagem logo no nascimento, temos tempo hábil para instituir todas as medidas terapêuticas e profiláticas e preparar esse bebê para a jornada de cura, que é o transplante”, esclarece Jorge Andrade Pinto.

De acordo com o médico, o transplante de medula óssea em criança portadora de SCID é uma intervenção viável e curativa.

“Como o sistema imunológico é praticamente inexistente, uma vez que se tenha um doador compatível, a chance de sucesso do transplante é alta. Quando esses pacientes são transplantados em tempo hábil, ainda nos primeiros meses de vida, mais de 90% deles terá uma vida normal”, avalia o especialista.

Teste do pezinho

O Programa de Triagem Neonatal (PTN), conhecido popularmente como teste do pezinho, identifica doenças raras de natureza metabólicas, genéticas e infecciosas, nos primeiros dias de vida dos bebês. Realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a triagem permite rastrear precocemente as doenças, favorecendo a realização do tratamento rápido e adequado, impedindo sequelas associadas e, até mesmo, o óbito.

Em Minas Gerais, o teste do pezinho foi ampliado em 30/1/2024. Até o ano passado, era possível identificar 12 doenças raras. Com a ampliação, os recém-nascidos no estado estão sendo testados para 15 doenças, incluindo, além da imunodeficiência combinada grave (SCID), a atrofia muscular espinhal (AME) e a agamaglobulinemia (Agama).

Para o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, a ampliação está gerando ótimos resultados. “Desde a ampliação, já tivemos cinco bebês diagnosticados com AME e que estão sendo tratados e acompanhados pelo Hospital das Clínicas, com todas as possibilidades de levarem uma vida típica, sem sintomas ou sequelas da doença”, destaca.

“No caso da SCID, a criança nasce sem imunidade nenhuma e qualquer infecção pode ser fatal. Mas esse bebê, que é uma menina, do Triângulo Mineiro, já está sendo tratada, recebendo a profilaxia, e poderá ser curada com o transplante de medula óssea. Além dela, outros dois casos de SCID também estão em investigação, o que representa mais chances de cura, mais chances de vida para esses bebês e mais qualidade de vida para suas famílias”, salienta o secretário.

O secretário-chefe de Estado da Casa Civil, Marcelo Aro, também ressalta o avanço nos diagnósticos. “Muitas doenças raras, se não forem tratadas logo, podem ser fatais, como o caso da SCID”, enfatiza.

Aro reforça ainda que, a partir do diagnóstico, a criança receberá os cuidados necessários e terá a chance de crescer de forma saudável. "O Teste do Pezinho ampliado, sem dúvidas, é uma das maiores vitórias que nós já conquistamos aqui em Minas", declara.

Jornada para a cura

O vigilante Éverson Silva e a esposa Fernanda, moradores do município de Lapão, no interior do estado da Bahia, passaram por todo esse processo com a filha Helena, que completou, nesta semana, 4 anos.

Éverson Silva, Fernanda e a pequena Helena | Arquivo pessoal

“Essa doença ainda é muito desconhecida aqui no Brasil. Nossa filha Evelyn faleceu com quatro meses de vida por uma infecção generalizada e não tínhamos um diagnóstico. Então, quando a Helena nasceu, corremos para fazer uma investigação mais aprofundada e foi então que descobrimos a SCID. Helena estava com dois meses e passou por todo o processo de cuidado preventivo enquanto esperávamos um doador”, conta ele.

O transplante de medula óssea da pequena Helena foi realizado em 2020, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em Curitiba, quando ela tinha apenas quatro meses de vida.

“Graças ao tratamento inicial e ao transplante, Helena já tem 4 anos e vive plenamente, cheia de sonhos com o futuro inteiro pela frente, como toda criança na idade dela. Ela vive uma vida típica, é uma criança feliz, que vai para creche, que corre e brinca e é a alegria da nossa vida”, conclui o pai orgulhoso.

Doenças raras

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças raras são aquelas que afetam até 65 pessoas a cada 100 mil indivíduos ou 1,3 a cada dois mil.

Essas patologias são caracterizadas por uma ampla diversidade de sinais e sintomas, que variam de doença para doença, assim como de pessoa para pessoa afetada pela mesma condição. Existem entre 7 e 8 mil doenças raras, sendo que a maior parte delas, cerca de 80%, tem origem genética.

A Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras do Ministério da Saúde foi construída para estabelecer estratégias para reduzir a mortalidade e as manifestações secundárias dessas doenças. Além disso, procura melhorar a qualidade de vida das pessoas, por meio de ações de promoção, prevenção, detecção precoce, tratamento oportuno, redução de incapacidade e cuidados paliativos.

Triagem

O diagnóstico de doenças raras, por meio do teste do pezinho, pode ser realizado em todas as unidades básicas de saúde (UBS) dos 853 municípios mineiros. O exame é feito a partir do sangue coletado do calcanhar do bebê após uma punção local.

O indicado é que o material seja colhido entre o 3º e o 5º dia de vida, quando a criança nasce com nove meses (bebê a termo). Quando o bebê é prematuro, são necessárias três amostras para o teste, colhidas no 5º dia de vida, no 10º dia e 30º dia.

Assim que realizam a coleta do material, os municípios enviam ao Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad), da Faculdade de Medicina da UFMG, para processamento. Diariamente, o Nupad realiza a triagem de cerca de 1,1 mil bebês para as 15 doenças contempladas.

Caso haja alguma alteração no exame, o município do paciente é acionado e novos exames e consultas agendados para confirmação do diagnóstico e início imediato do tratamento.

A coordenadora da Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência e Doenças Raras da SES-MG, Renata Cardoso Ferreira Vaz, destaca os esforços conjuntos para o diagnóstico e cuidado com as pessoas com doenças raras. “Temos uma rede estruturada para o diagnóstico e tratamento das doenças raras e a parceria com o Nupad e Hospital das Clínicas é essencial”, destaca.

“No nosso estado, para todas as doenças identificadas no teste do pezinho estão disponíveis o tratamento imediato e o acompanhamento permanente da criança e isso faz toda a diferença”, ressalta a coordenadora.

Os Serviços de Atenção Especializada e Serviços de Referência em Doenças Raras são responsáveis por ações diagnósticas, terapêuticas e preventivas às pessoas com doenças raras ou sob risco de desenvolvê-las.

Em Minas Gerais, os Serviços de Atenção Especializada são prestados pelo Hospital Júlia Kubitschek e Centro de Especialidades Multiprofissionais (CEM) Dr. Gê, em Bom Despacho. Já os Serviços de Referência em Doenças Raras são no Hospital Infantil João Paulo II e Hospital das Clínicas da UFMG, em Belo Horizonte; e no Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) em Juiz de Fora.

Confira abaixo as doenças que podem ser identificadas atualmente pelo PTN em Minas Gerais:

  • Hipotireoidismo congênito
  • Fenilcetonúria
  • Doença falciforme
  • Fibrose cística
  • Deficiência de biotinidase
  • Hiperplasia adrenal congênita
  • Toxoplasmose congênita
  • Atrofia Muscular Espinhal (AME)
  • Imunodeficiência Combinada Grave (SCID)
  • Agamaglobulinemia (AGAMA)
  • Deficiência de acil-CoA desidrogenase de cadeia muito longa (VLCADD)
  • Deficiência de acil-CoA desidrogenase de cadeia longa (LCADD)
  • Deficiência de proteína trifuncional – DPTC
  • Deficiência primária de carnitina – DPC
  • Deficiência de acil-CoA desidrogenase de cadeia média (MCADD)
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Banco de notícias Fri, 17 May 2024 12:31:04 +0000
Secretaria de Saúde reforça prevenção e enfrentamento às doenças respiratórias https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19883-secretaria-de-saude-reforca-prevencao-e-enfrentamento-as-doencas-respiratorias https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19883-secretaria-de-saude-reforca-prevencao-e-enfrentamento-as-doencas-respiratorias

No período que compreende o outono e o inverno, ocorre o aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e vírus respiratórios, como influenza e vírus sincicial respiratório (VSR), quando comparados a outras estações do ano, com destaque para os grupos de crianças de até 12 anos e idosos acima de 60 anos.

Nesse contexto, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) alerta para a importância do reforço às medidas preventivas, como a vacinação para influenza e covid-19. Apesar de disponíveis na rede pública, a cobertura vacinal contra a gripe em Minas é de 34,34%, enquanto para a vacina bivalente contra covid-19 é de 23,3%, o que indica uma baixa procura pela vacinação, até o momento.

O subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdoscimi, destaca os esforços da pasta no cenário epidemiológico das doenças respiratórias. “Minas Gerais está distribuindo nesta semana, às unidades regionais, as vacinas contra covid que foram recebidas do Ministério da Saúde, garantindo a disponibilidade desses imunizantes nos municípios”, informa ele, enfatizando que as vacinas são específicas, seguras e essenciais para proteger a população.

Além da vacinação, outras medidas de prevenção são destacadas, como a higienização frequente das mãos. Para aquelas pessoas que estiverem com sintomas gripais, é aconselhado o uso de máscaras, que sejam evitadas aglomerações e ainda a procura por atendimento médico.

A SES-MG destinou um repasse de R$ 32 milhões para a Vigilância em Saúde dos municípios realizarem ações de prevenção e controle das doenças respiratórias e para o enfrentamento das arboviroses (dengue, zika e chikungunya), conforme a situação epidemiológica municipal indicar.

Prosdoscimi reforça a importância da adesão às medidas preventivas e da busca por vacinação, e destaca que é fundamental que a população procure as unidades de saúde mais próximas para se imunizar.

“O apoio mútuo e a adoção responsável de medidas individuais são essenciais para enfrentar esse período sazonal de doenças respiratórias com resiliência e eficácia”, pontua.

Leitos pediátricos

A SES-MG estabeleceu, por meio da Deliberação CIB-SUS/MG nº 4.684/2024, de 6 de maio, as diretrizes e fluxos para abertura de novos leitos clínicos de pediatria e conversão de leitos para pediatria no SUS-MG, para atendimento de crianças com Síndrome Respiratória Aguda Grave. Os municípios têm até o dia 24 de maio para formalizar as solicitações.

“Essa deliberação vai custear ampliações ou conversão de leitos já existentes em pediatria para ampliar a assistência a essa população, considerando as sobrecargas dos serviços de saúde”, explica Cristiane Barbosa Marques, superintendente de Políticas de Atenção Hospitalar da SES-MG.

Os valores totais destinados à iniciativa ainda serão calculados, uma vez que ele vai variar conforme os dados que forem inseridos no SUSFácil. Os repasses serão provenientes do Fundo Estadual de Saúde e, após análise dos pedidos, a SES-MG publicará uma Resolução de financiamento que vai normatizar o repasse efetivo dos recursos.

Para fazer jus ao incentivo, o beneficiário deverá encaminhar ofício do gestor municipal para a (SES/MG), contendo apresentação do cenário epidemiológico da Síndrome Respiratória Aguda Grave no município; informações sobre a capacidade instalada e o número de leitos a serem ampliados e/ou convertidos para pediatria por estabelecimento de saúde (SCNES); taxa de ocupação e indicação de espera para leitos; declaração do gestor sobre a existência de equipamentos e recursos humanos disponíveis para o funcionamento dos leitos a serem ampliados ou convertidos; e decreto de declaração da situação de emergência em saúde pública do município. A aprovação das solicitações fica condicionada à análise da Secretaria, levando em consideração as informações fornecidas pelo órgão municipal.

A medida dá continuidade ao conjunto de ações que foram implementadas a partir da aprovação, no final do mês de abril, do Plano de Ação Estadual para o Enfrentamento de Doenças Respiratórias, por meio da Deliberação CIB-SUS/MG nº 4.679/2024.

O documento estruturou normas para que os municípios mineiros possam receber os investimentos conforme a Portaria nº 3.556/2024 do Ministério da Saúde, que institui um incentivo financeiro extraordinário e temporário para o atendimento de crianças com Srag na Atenção Especializada do SUS, o que viabilizou que estados e municípios acessem recursos para a ampliação de leitos de UTI-Pediátrica ou leitos de Suporte Ventilatório Pulmonar Pediátrico.

Ambas as medidas visam a ampliação da capacidade de atendimento às crianças com Srag de forma emergencial e temporária, destacando a responsabilidade compartilhada entre os governos estadual e federal no enfrentamento dessa situação crítica.

Cuidados

A médica neurocirurgiã Ádria Gabrielle Biondi Soares, residente em Montes Claros, no Norte de Minas, relata as preocupações e cuidados especiais que tem tido com os pequenos durante o período de aumento das doenças respiratórias. O filho mais velho tem três anos de idade e o mais novo é um bebê de apenas quatro meses.

"A faixa etária mais acometida pela bronquiolite é a do meu bebê, o que me deixa até um pouco ansiosa", revela Ádria. Ela tem adotado medidas preventivas, como evitar que o filho mais velho, que há alguns dias apresenta quadro gripal, fique muito próximo do bebê, e também lavar o nariz do pequeno com frequência. Graças aos cuidados, segundo ela, ele tem se mantido saudável, com apenas alguns espirros, mas sem gripes ou febres.

Em 2024, já foram registrados 2.658 casos de Srag em crianças de zero a nove anos no estado, dos quais 1.098 apenas em abril. Os números ainda são parciais e estão sujeitos a revisão, mas se apresentam inferiores aos do ano passado, quando, entre os meses de janeiro a abril, foram notificados 4.221 casos.

O relato de Ádria Gabrielle Biondi Soares evidencia as angústias enfrentadas por muitas mães por conta do período mais suscetível à ocorrência de casos, reforçando a importância da adoção de medidas preventivas e do cuidado constante com a saúde das crianças durante este período sazonal de doenças respiratórias. “Todo ano a gente tem que lidar com essa situação, mas este ano, para mim, foi ainda mais preocupante, por causa da chegada do neném”, afirma.

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Banco de notícias Wed, 15 May 2024 08:32:01 +0000
Secretaria de Saúde discute ações de reparação em curso nos municípios da Bacia do Rio Paraopeba https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19875-secretaria-de-saude-discute-acoes-de-reparacao-em-curso-nos-municipios-da-bacia-do-rio-paraopeba https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19875-secretaria-de-saude-discute-acoes-de-reparacao-em-curso-nos-municipios-da-bacia-do-rio-paraopeba

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realizou, na última sexta-feira (10/5), o Seminário Diálogos Permanentes - Ações de reparação em saúde e aproximação com os municípios atingidos da Bacia do Paraopeba, que teve como objetivo estreitar o diálogo entre o Estado e os municípios atingidos pelo desastre provocado pelo rompimento da barragem de Brumadinho, ocorrido em janeiro de 2019, além de discutir as ações de reparação em saúde que estão sendo realizadas no território.

Crédito: Divulgação SES-MG

Representantes das Secretarias Municipais de Saúde das 26 cidades que fazem parte da Bacia do Rio Paraopeba, equipes técnicas das SES-MG do nível central e das Unidades Regionais de Saúde de Belo Horizonte, Divinópolis, Patos de Minas e Sete Lagoas participaram do seminário que foi realizado no auditório do Hospital João XXIII e transmitido pelo canal da SES-MG no YouTube. A programação foi construída com a contribuição dos municípios e os principais temas abordados têm relação com o acordo judicial firmado para reparação dos danos causados pelo rompimento e com as ações reparatórias realizadas pela Secretaria de Estado de Saúde.

De acordo com o coordenador do Núcleo de Ações Reparatórias da SES-MG, Lucas Daniel, no ano passado a Secretaria finalizou as visitas locais aos municípios atingidos pelo rompimento e, neste ano, a ideia foi abrir espaço para que os representantes dessas cidades pudessem colocar suas necessidades e informar como está o andamento das ações de reparação que estão sendo realizadas. “É muito importante fomentar esse diálogo com os municípios para eles possam colocar quais são as dificuldades encontradas até o momento, como estão caminhando as ações do acordo, quais são as temáticas mais latentes e quais são as áreas em que eles precisam de mais respaldo e informações da SES-MG. Enviamos um formulário para todos preenchessem, compilamos as informações e convidamos as áreas técnicas envolvidas com as temáticas levantadas”, explicou.

Na primeira parte do evento, foram abordadas questões de Vigilância em Saúde, com a apresentação das ações que estão em curso atualmente, com foco em Vigilância Ambiental e ações que dialogam diretamente com o acordo judicial, como o programa de monitoramento de qualidade da água para consumo humano. À tarde, o foco foi a parte assistencial, como a Atenção Primária à Saúde, projetos de reparação socioeconômica e os atendimentos em saúde mental.

Outro destaque foi a abordagem do Estudo de Avaliação de Risco à Saúde Humana e Risco Ecológico, que é uma das principais ações de reparação em saúde realizadas pela SES-MG atualmente. Trata-se de uma análise para levantar os possíveis riscos, qualificar e quantificá-los e definir medidas para a reparação. Esse estudo segue as diretrizes do Ministério da Saúde e visa entender os impactos do desastre, sendo acompanhado pela Secretaria de Estado de Saúde e pela de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

“O estudo é composto por cinco fases e estamos na primeira delas. Essa primeira fase refere-se ao levantamento das informações junto às comunidades desde o rompimento, com relação aos impactos na saúde mental e física da população. Esse estudo precisa muito da atuação e participação dos municípios envolvidos, para que seja feito um acompanhamento do trabalho, uma vez que só o próprio município tem condições de verificar se as informações estão sendo levantadas da maneira correta”, enfatizou Lucas Daniel.

O acordo judicial firmado possui um rol de atividades que necessitam de articulação com todos os atores envolvidos, de modo a verificar as ações que ainda precisam ser executadas. Entre as entregas de 2024, destacam-se a elaboração de diagnóstico setorial para melhoria nos processos e ações, o processo de publicação do Boletim Informativo sobre Programa de Monitoramento da Qualidade da Água para Consumo Humano nos municípios atingidos, resolução da SES-MG de repasse de incentivo financeiro para fortalecimento das ações de vigilância em saúde ambiental, pagamento da primeira parcela referente aos projetos de reparação socioeconômica para os municípios, entre outras ações.

Ainda segundo Lucas Daniel, o evento foi muito produtivo e permitiu ter um panorama geral da realidade dos municípios e essa aproximação deve ser mantida para que as comunidades sejam atendidas conforme a necessidade local. “A SES-MG quer que esse diálogo seja permanente e vai desenvolver ações que permitam um contato próximo, seja por meio de ciclos temáticos online ou com contatos mais frequentes porque, sem essa parceria, as ações não terão o resultado que merecem e precisam ter”, destacou.

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Banco de notícias Tue, 14 May 2024 08:44:56 +0000
Secretaria de Saúde alerta para a importância de comportamentos seguros no trânsito https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19848-secretaria-de-saude-alerta-para-a-importancia-de-comportamentos-seguros-no-transito https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19848-secretaria-de-saude-alerta-para-a-importancia-de-comportamentos-seguros-no-transito

A educação e o respeito às leis e à sinalização das vias são fatores determinantes para que o número de acidentes de trânsito seja reduzido em todo o país. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os sinistros de trânsito foram a primeira causa de óbitos na faixa de 5 a 29 anos, em todo o mundo, incidindo de forma desproporcional sobre os pedestres, ciclistas e motociclistas, e, principalmente, sobre as pessoas que vivem em países em desenvolvimento.

Conforme análise realizada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), entre os anos de 2015 e 2023, foram 31.290 óbitos causados por Acidentes de Transporte Terrestre (ATT) e 211.641 vítimas necessitaram de internação hospitalar em todo o estado. Os homens apresentaram maior percentual desses óbitos, com 81%. Ou seja, os dados mostram que o risco de um homem morrer por ATT, em Minas Gerais, foi 4,4 vezes maior que o de uma mulher. Com relação às internações, as vítimas do sexo masculino também apresentaram maior proporção, correspondendo a 79% do total dos casos registrados no sistema.

Ainda de acordo com o levantamento da SES-MG, entre 2015 e 2023, o número de óbitos por acidentes de trânsito foi maior em ocupantes de automóvel e caminhonete, totalizando 11.831 vítimas, seguido por ocupantes de motocicletas, com 7.304. A maior concentração do número de mortes por acidentes ocorreu nas faixas etárias entre 20 a 49 anos, sendo que a população de 20 a 29 anos apresentou o maior registro, com 21% do total. Na distribuição dos óbitos pelo estado, o levantamento aponta que a Unidade Regional de Saúde (URS) de Patos de Minas apresentou a maior taxa, com 28,6 óbitos por 100 mil habitantes, seguida pelas regionais de Sete Lagoas (24,9/100 mil), Manhuaçu (23,2/100 mil) e Montes Claros (22,4/100 mil).

A morbimortalidade por lesões causadas em acidentes de trânsito faz com que a questão seja considerada um importante problema de saúde pública, que requer políticas que envolvam atividades de educação e segurança no trânsito, cooperação, inovação e compromisso com a prevenção dos acidentes. Para disseminar conhecimento e promover essa conscientização na população, a SES-MG apoia, mais uma vez, a campanha Maio Amarelo que, neste ano, tem como tema “Paz no trânsito começa por você”. A proposta é focar nos públicos mais vulneráveis como pedestres, ciclistas e motociclistas e reduzir o número de vítimas.

Segundo a coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis da SES-MG, Sandra de Souza, as ações para redução de lesões do trânsito são desenvolvidas de forma descentralizada nos municípios, com o apoio técnico das URS. “Elaboramos um Plano de Ação com o objetivo de fortalecer a Vigilância das Causas Externas, que envolve violências e acidentes de trânsito no estado”, explica.

Para a execução desse Plano, a SES-MG repassou um incentivo financeiro no valor de R$ 48.897.372,00, conforme Deliberação CIB-SUS/MG Nº 3.971, de 19 de outubro de 2022. “A ideia é que todos os municípios desenvolvam programas e projetos de intervenção que reduzam os acidentes de trânsito em seus territórios e que conscientizem os munícipes da importância do papel de cada um para essa redução”, ressalta Sandra de Souza.

Ela destaca que os acidentes de trânsito são fenômenos multifatoriais e que algumas condições aumentam os riscos de colisões; portanto, para evitar acidentes e reduzir as lesões e mortes, é importante falar sobre as mudanças de comportamento das pessoas.

“Todos devem observar e respeitar as sinalizações das vias e as pessoas devem refletir sobre a mudança de comportamento no trânsito. Os ocupantes dos veículos devem usar o cinto de segurança e sempre dar preferência de passagem aos pedestres. Os motociclistas e ciclistas devem usar os equipamentos de proteção adequados como o capacete bem ajustado à cabeça, além de roupas e calçados que possam proteger o corpo e, para os ciclistas, é necessário, também, o uso de roupas que facilitem a visualização na via. Outro alerta importante é não usar aparelhos celulares ao conduzir veículos e, principalmente, não misturar bebida alcoólica e volante, que é uma das principais causas de acidentes, tanto no Brasil, quanto no mundo”, esclarece a coordenadora.

Algumas ações são primordiais para diminuir riscos. O uso correto dos capacetes, por exemplo, pode reduzir em 42% o risco de mortes e em 69% o risco de lesões graves em motociclistas e ciclistas. Usar o cinto de segurança reduz o risco de morte entre motoristas e passageiros dos bancos dianteiros entre 45% e 50% e o risco de morte e lesões graves entre passageiros dos bancos traseiros em até 25%. Além disso, o uso correto dos sistemas de retenção para crianças pode reduzir em 60% o número de mortes.

Perigo em duas rodas

Desde o início da pandemia da covid-19, em 2020, houve aumento da circulação de motocicletas e bicicletas em todo o estado, de modo a suprir a necessidade do comércio e dos serviços de entrega. Em 2023, as motos foram os veículos mais procurados para financiamento em Minas Gerais. Com isso, também aumentaram os números de acidentes envolvendo esses veículos.

Segundo levantamento da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), o Hospital João XXIII, que é referência para atendimento de politraumatizados, atendeu 5.707 vítimas de acidentes com motocicletas só em 2023. Em nível estadual, entre 2015 e 2023, foram registradas 91.722 internações de vítimas de acidentes com moto. A faixa etária que concentra o maior número de vítimas de acidentes em motocicletas é de 15 a 49 anos e as internações têm predomínio da população masculina.

“O maior registro de óbitos nessa população de adultos-jovens pode ser atribuído, muitas vezes, ao fato de os condutores não estarem totalmente capacitados para conduzir o veículo sem riscos. A impulsividade é característica nessa faixa etária e se une à necessidade de autoafirmação perante seus pares, com o não uso de equipamentos de segurança, o hábito de violar normas de segurança e o desrespeito às leis, bem como o fato de misturar álcool e outras drogas com a direção”, enfatiza Sandra de Souza.

A bicicleta também passou a ser mais utilizada para o trabalho, como veículo de passeio, de lazer, esporte ou como forma de deslocamento. Somente em 2023, 1.957 ciclistas necessitaram de internação devido a traumas sofridos em acidentes e 143 foram a óbito. O levantamento feito pela SES-MG aponta que entre 2016 e 2023 houve aumento de 37,5% nos óbitos deste público.

Lesões e óbitos no trânsito podem ser evitados com a adoção de medidas de segurança de maneira integral e requer envolvimento de vários setores, como transporte, segurança pública, saúde e educação. Mais informações sobre a campanha Maio Amarelo e dados epidemiológicos podem ser obtidos em https://www.saude.mg.gov.br/vidanotransito.

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Banco de notícias Tue, 07 May 2024 13:28:21 +0000
Atenção Primária à Saúde e do sistema prisional do Norte de Minas terão neste ano aporte de R$ 7,5 milhões https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19900-atencao-primaria-a-saude-e-do-sistema-prisional-do-norte-de-minas-terao-neste-ano-aporte-de-r-7-5-milhoes https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19900-atencao-primaria-a-saude-e-do-sistema-prisional-do-norte-de-minas-terao-neste-ano-aporte-de-r-7-5-milhoes

Os serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) e a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP) do Norte de Minas terão neste ano aporte superior a R$ 7,5 milhões. Os valores serão repassados pelo Ministério da Saúde (MS) com base nas portarias 9.490 e 3.732, publicadas nos dias 6 e 7 de maio.

Para o financiamento dos serviços de Atenção Primária à Saúde, o valor anual a ser repassado aos municípios totaliza R$ 6,6 milhões. De acordo com a Portaria 3.372 “os municípios que tiveram acréscimo ou estabilidade populacional com base no censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estão tendo os valores atualizados. Já para os municípios que tiveram decréscimo populacional está mantido o valor nominal repassado em 2023”.

17.05.2024-Montes Claros - Ascom Prefeitura de Montes Claros

Para 54 municípios que integram a área de atuação da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros a previsão é de que neste ano sejam repassados mais de R$ 4,5 milhões. Os valores serão divididos em 12 parcelas e as localidades que receberão os maiores aportes são: Montes Claros (R$ 2,4 milhões); Janaúba (R$ 430,6 mil); Bocaiuva (R$ 300 mil); Salinas (R$ 249 mil); Jaíba (R$ 237,1 mil); Porteirinha (R$ 225 mil) e Taiobeiras (R$ 206,1 mil).

Em 25 municípios da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Januária estão previstos investimentos superiores a R$ 1,4 milhão. Os maiores valores serão repassados para Januária (R$ 404,3 mil) e São Francisco (R$ 336,9 mil).

Outros R$ 667,4 mil serão repassados para sete municípios jurisdicionados à GRS Pirapora. As localidades que possuem maior número de habitantes e, por isso, receberão maiores investimentos são: Pirapora (R$ 338,2 mil) e Várzea da Palma (R$ 238,6 mil).

Sistema prisional
Para este ano, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), no âmbito da Atenção Primária à Saúde, prevê para o Norte de Minas investimento de R$ 899,4 mil. Estão sendo contemplados os seguintes municípios que possuem equipes de atenção primária prisional credenciadas: Montes Claros (R$ 447 mil para três equipes); Salinas (R$ 150 mil); Janaúba (R$ 120 mil); Pirapora (R$ 144 mil); Manga e São Francisco (R$ 19,2 mil para cada localidade).

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Banco de notícias Fri, 17 May 2024 19:31:11 +0000
Municípios da macrorregião Sul chamam a atenção para a importância da luta antimanicomial https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19899-municipios-da-macrorregiao-sul-chamam-a-atencao-para-a-importancia-da-luta-antimanicomial https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19899-municipios-da-macrorregiao-sul-chamam-a-atencao-para-a-importancia-da-luta-antimanicomial

“Neste dia especial, unimos forças e coragem, para construir um mundo mais justo, sem preconceito ou miragem. A saúde mental merece atenção e cuidado, com acolhimento e apoio, o futuro é mais acertado”. O trecho com que a estudante Emanuele Vitória, de 18 anos, termina a poesia apresentada na 1ª caminhada poética, organizada pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps), no dia 13/5, em Nepomuceno, sintetiza a importância do cuidado em liberdade na saúde mental.

Emanuele participa da oficina “Sinais de Poesia”, realizada no Caps de Nepomuceno. No município foram realizados três dias de atividades, como a caminhada e a realização de um seminário de saúde mental, que contaram com o apoio de diversos setores e colaboradores da prefeitura municipal, das equipes de saúde, conselho regional de psicologia, usuários dos serviços de saúde mental, seus familiares, universidades, escolas e comunidade em geral.

17.04.2024 Saúde mental Divulgação Tres Pontas2

O coordenador do Ambulatório de Saúde Mental de Nepomuceno, Gleisson Carvalho, comenta que a importância do movimento vai além de comemorar o fim dos manicômios, comemora principalmente a liberdade. “A caminhada poética é uma parceria com o NAE (Núcleo de Acolhimento Estudantil) que foi fundamental para nossa parceria com as escolas. O intuito foi chamar também a atenção da população para a importância dessa política pública, pois precisamos cada vez mais reforçar a importância do tratamento em liberdade e o poder da escolha de cada ser humano”, enfatiza.

18 de Maio
O dia 18 de maio é simbolizado como Dia Nacional da Luta Antimanicomial. A referência técnica da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Varginha, Luana de Sousa Silva, explica que a data é marcada pelo movimento que busca a transformação do modelo de atenção em saúde mental, anteriormente centrado em hospitais psiquiátricos, para um modelo humanizado, inclusivo com tratamento em liberdade, priorizando o cuidado comunitário e a reinserção social das pessoas em sofrimento psíquico.

A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) tem enfatizado em diversos eventos, entrevistas e lives voltadas para a área médica e para a comunidade em geral a importância do enfrentamento à psicofobia. A campanha “Mais empatia, menos psicofobia”, visa conscientizar sobre a importância do combate aos estigmas que ainda envolvem as doenças mentais. Trazendo, consequentemente, mais qualidade de vida e oportunidades aos pacientes.

17.04.2024 Saúde mental Divulgação Coqueiral

A luta antimanicomial baseia-se nos princípios da Reforma Psiquiátrica, buscando a promoção da autonomia, o respeito à diversidade e a reinserção social das pessoas com sofrimento mental. “É um momento para refletir sobre os avanços conquistados na área da saúde mental, mas também para reafirmar o compromisso com a defesa dos direitos das pessoas com transtornos mentais e com a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva para todos”, destaca Luana Silva. A referência técnica complementa que a luta antimanicomial continua atual e relevante, incentivando práticas de cuidado humanizadas e respeitosas.


Saúde mental e luta antimanicomial nos municípios
Durante toda a semana que antecede ao 18 maio, os municípios que integram a SRS Varginha têm feito ações diversas de mobilização e conscientização sobre o tema.

Em Varginha, foi realizada uma oficina de horta e de pintura na praça com os usuários do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), palestra e, no dia 18, haverá uma caminhada de conscientização.

17.04.2024 Saúde mental Divulgação Nepomuceno

Três Pontas promoveu a semana da luta antimanicomial, com passeio a uma fazenda, visita dos usuários ao gabinete do prefeito, dia da beleza, ida a uma pizzaria, além de um seminário com a equipe de profissionais.

São Lourenço realizou um encontro que abordou as práticas em saúde mental para a troca de experiências entre os profissionais que atuam nas suas unidades da Rede de Atenção Psicossocial e nos municípios que são referenciados para ela.

Lavras também promoveu atividades informativas e recreativas com os usuários, Já o município de Três Corações vai promover uma capacitação para a equipe no final do mês e passeio com os usuários.

17.04.2024 Saúde mental Divulgação São Thomé3

Além dos polos das microrregiões de saúde da macro sul, as ações também foram fomentadas por diversas outras localidades, como Baependi e Coqueiral. Em São Thomé das Letras foi iniciado o projeto “Pelas estradas de São Thomé das Letras”, com o objetivo de conectar os pacientes do Caps com a natureza e cultura local, fazendo com que eles se sintam mais pertencentes à própria comunidade. “Nós percebemos que eles não conheciam e nem usufruíam muito dos pontos turísticos tão marcantes do nosso município. Nós fizemos um passeio na cachoeira, com atividade de dança circular no tear sensorial, que lembra uma teia de aranha, existente sobre o curso da água”. Detalha Gleibson Calisto, coordenador do Caps de São Thomé das Letras. A dança circular faz parte das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).


Cuidado da saúde mental em Minas
A Política Estadual de Saúde Mental (Pesmad) preconiza o tratamento em liberdade e em serviços substitutivos, tais como unidade de Atenção Primária à Saúde e Caps (Centros de Atenção Psicossocial). O cuidado em saúde mental deve seguir as perspectivas previstas na Política Estadual de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas e a Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001, ou seja, tratamento nos serviços de base territorial e respeitando a singularidade do indivíduo.

17.04.2024 Saúde mental Divulgação Sào Lourenço

Nos 50 municípios da macrorregião de Saúde Sul, área de abrangência da Regional de Saúde de Varginha, existem atualmente 28 Caps, divididos nas modalidades I, II, Infantojuvenil, AD e AD III, segmentados por população atendida. Muitos desses, além dos pacientes de seus territórios, atendem também a municípios referenciados. A região ainda conta com 22 leitos de saúde mental em hospital geral, dois Centros de Convivência e Cultura e um Serviço Residencial Terapêutico, que acolhe egressos de instituições de longa permanência psiquiátricas que atendam aos critérios.

A referência técnica da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Varginha, Luana de Sousa Silva ressalta que a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) para pessoas com sofrimento mental e/ou com necessidades decorrentes do uso prejudicial de drogas tem como premissa o cuidado no território, o trabalho em equipe interdisciplinar, cujos projetos terapêuticos construídos respeitem a singularidade de cada caso com intervenções e ações que garantam a autonomia e inserção comunitária do usuário.

Esse acolhimento e cuidado em sociedade é agente transformador da realidade. O relato de Elizabete de Almeida, egressa de instituição hospitalar e moradora do Serviço Residencial Terapêutico de Lavras, reflete essa importância. “Lá é tudo de bom, tenho carinho, comida, roupa nova, limpeza, melhorei muito depois que fui pra lá. O que mais gosto de lá são os doces e a gente ter amigos por perto”, declarou.

Confira na integra a poesia escrita pela estudante Emanuele Vitória:

“ Quebrando correntes, abrindo mentes!

No Dia da Luta Antimanicomial celebramos a liberdade,
Quebrando correntes, abrindo mentes em solidariedade.
Contra o manicômio erguemos nossa voz,
Por dignidade, respeito e um novo horizonte em nós.

Em cada verso, ecoa a busca por humanização,
Lutando contra a exclusão, pela inclusão em ação.
Somos todos diferentes, únicos em nossa essência
E merecemos ser vistos com amor e consciência.

Neste dia especial, unimos forças e coragem,
Para construir um mundo mais justo, sem preconceito ou miragem.
A saúde mental merece atenção e cuidado,
Com acolhimento e apoio, o futuro é mais acertado.”

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Banco de notícias Fri, 17 May 2024 19:11:47 +0000
II Encontro de Conselheiros Municipais de Saúde fortalece o controle social no SUS https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19898-ii-encontro-de-conselheiros-municipais-de-saude-fortalece-o-controle-social-no-sus https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19898-ii-encontro-de-conselheiros-municipais-de-saude-fortalece-o-controle-social-no-sus

A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Patos de Minas realizou, na quinta-feira (16/5), o II Encontro de Conselheiros Municipais de Saúde, que ocorreu na sala de reuniões da Regional. A reunião foi idealizada pela Assessoria de Governança da SRS Patos de Minas e reuniu representantes de 11 municípios da região, com o objetivo de alinhar conceitos e compartilhar informações sobre o Controle Social no Sistema Único de Saúde (SUS).

Realizado na sala de reuniões da SRS de Patos de Minas, o evento começou com uma atmosfera de colaboração e compromisso. Os conselheiros municipais, figuras essenciais no elo entre a sociedade e a gestão pública da saúde.

A equipe da Assessoria de Governança Regional destacou a importância do encontro para fortalecer a participação social e a transparência na gestão do Sistema único de Saúde (SUS), Foi enfatizada a necessidade de um trabalho conjunto e participativo com os conselheiros municipais, que têm um papel relevante de elo entre a sociedade e a gestão pública.

 II Encontro de Conselheiros Municipais de Saúde

Noemi Portilho, assessora de Governança da SRS de Patos de Minas, enfatizou a importância do encontro para fortalecer o papel dos conselheiros municipais no controle social do SUS. “A troca de experiências e a capacitação proporcionada aqui são essenciais para que possamos garantir uma gestão da saúde pública mais transparente e participativa. Reafirmamos nosso compromisso com a continuidade deste trabalho".

Temas abordados
Entre os temas discutidos, um dos destaques foi a apresentação do Projeto de Multiplicação da Oficina Participa + de Formação do Controle Social. Este projeto tem como objetivo capacitar os conselheiros para que possam atuar de forma mais efetiva e informada, garantindo que suas vozes sejam ouvidas e consideradas nas decisões sobre a saúde pública.

Outro ponto relevante foi o Planejamento Regional Integrado da Macrorregional Noroeste. A apresentação deste planejamento trouxe à tona a necessidade de uma visão integrada e estratégica para a região, onde os conselhos municipais desempenham um papel crucial na identificação de demandas e na proposição de soluções.

A situação dos instrumentos de gestão e o cadastro dos conselhos no Cadastro dos Conselhos Municipais de Saúde de Minas Gerais (CADCES-MG) também foram temas de discussão. A regularização e a atualização destes instrumentos são fundamentais para garantir a transparência e a eficácia das ações dos conselhos de saúde.

Além disso, houve um alinhamento sobre conceitos de paridade, regimento interno e organização dos conselhos. A paridade, que assegura a representação equilibrada de usuários, trabalhadores da saúde e gestores, é um princípio fundamental para um conselho efetivo e democrático. O regimento interno, por sua vez, estabelece as regras de funcionamento, enquanto a organização dos conselhos trata da estrutura necessária para seu bom funcionamento.

Os conteúdos compartilhados e o fortalecimento entre os conselhos municipais foram destacados pelos participantes. “Por meio do encontro, ideias foram trocadas entre os conselheiros de diversos municípios, dúvidas foram sanadas e orientações pertinentes foram obtidas para manter o controle social funcionando de forma correta e ética em nosso município.", afirmou Hugo Wallace de Oliveira, conselheiro municipal de Saúde de Matutina.

O II Encontro de Conselheiros Municipais de Saúde de Patos de Minas representou mais um passo significativo para uma gestão mais participativa e transparente. Com realização do evento, a Assessoria de Governança da SRS Patos de Minas reafirmou seu compromisso com a continuidade desses encontros, visando a melhoria do controle social e da qualidade dos serviços de saúde oferecidos à população.

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Banco de notícias Fri, 17 May 2024 18:15:20 +0000
SRS Governador Valadares realiza Reunião Gerencial de Coordenadores impulsionando o alinhamento estratégico na saúde https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19896-srs-governador-valadares-realiza-reuniao-gerencial-de-coordenadores-impulsionando-o-alinhamento-estrategico-na-saude https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19896-srs-governador-valadares-realiza-reuniao-gerencial-de-coordenadores-impulsionando-o-alinhamento-estrategico-na-saude

A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Governador Valadares (SRS-GV) realizou, no dia 10/5, a I Reunião Gerencial de Coordenadores, na qual reuniu suas lideranças setoriais e representações das equipes técnicas respectivas, totalizando um grupo de 15 profissionais comprometidos em alinhar esforços para prioridades e metas da saúde na macrorregião de Saúde Leste.

O encontro buscou discutir com as equipes as prioridades para o ano e o quadriênio, além de definir, a partir do Planejamento Estratégico institucional da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), como a instituição e todo o seu corpo técnico irá contribuir com os resultados priorizados para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para a SES-MG, no contexto do Leste de Minas.

Reunião Gerencial de Coordenadores da SRS Governador Valadares

A expectativa é de impulsionar um ambiente mais adequado à implantação das políticas de saúde na macrorregião de saúde, além de uma clara compreensão das metas e objetivos que guiarão suas ações nos próximos meses, fortalecendo assim a capacidade do sistema de saúde regional em atender às necessidades da população na região.

Para o superintendente regional de Saúde Romulo Gusmão, a reunião envolve um passo dos mais importantes à rotina da instituição, pois foram debatidos os rumos da organização, e o seu papel, consolidando e legitimando sua missão e visão de futuro, no contexto das prioridades do Estado.

A reunião gerencial de coordenadores da SRS é um desdobramento do planejamento estratégico conduzido pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, que busca envolver discussões que abordem todos os projetos prioritários definidos até então. A ação foi organizada em função da necessidade de mobilizar e engajar as equipes do nível regional com as prioridades definidas pelo governo, no âmbito da saúde.

Reunião Gerencial de Coordenadores da SRS Governador Valadares

 Foram trabalhadas também  as assimetrias de informação, relacionadas às competências - Resolução de Competências das Unidades Regionais -, perfil técnico das equipes, gestão de projetos, gestão de processos e boas práticas de gestão no âmbito das coordenações, de modo a ampliar possibilidades de consolidação do sistema de saúde regional que envolve quatro microrregiões de saúde e 51 municípios.

Sarah Ihasmin, coordenadora de Gestão e Finanças avaliou a reunião como muito produtiva e dinâmica. "A programação da reunião me inspirou a desenvolver uma proposta de Plano de Gestão do Desempenho Individual (PGDI) 2024 alinhada com os conteúdos que serão apresentados nas Oficinas de Gestão de Projetos e Processos e com os projetos que cada coordenação terá que desenvolver”.

Temas destacados
Entre os temas debatidos estavam a governança, gestão e eficiência dos serviços oferecidos aos municípios. Além disso, houve um foco importante na gestão estratégica institucional para o ano de 2024 e o quadriênio subsequente,esclarecendo sobre a consolidação da gestão estratégica, envolvendo reflexões e ações referentes ao clima organizacional, e mapeamento de perfis técnicos setoriais para os coordenadores e a aplicação de um censo de servidores para entender melhor as necessidades e habilidades disponíveis.

Na mesma oportunidade, a Coordenação de Atenção Farmacêutica inaugurou o espaço de boas práticas de gestão, compartilhando experiências na gestão da Política de Descentralização do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (PDCEAF). Discutiu-se ainda a inserção de metas institucionais específicas para a dinâmica do teletrabalho e, para concluir, compromissos e datas para a realização de oficinas de gestão estratégica foram definidas.

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Banco de notícias Fri, 17 May 2024 12:12:00 +0000
Municípios da SRS Ponte Nova intensificam ações de promoção e prevenção em Saúde Bucal https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19895-municipios-da-srs-ponte-nova-intensificam-acoes-de-promocao-e-prevencao-em-saude-bucal https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19895-municipios-da-srs-ponte-nova-intensificam-acoes-de-promocao-e-prevencao-em-saude-bucal

Os municípios da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Ponte Nova, ao longo da Semana de Mobilização em Saúde Bucal nas Escolas (6 a 10/5), ampliaram as ações de promoção da Saúde Bucal e da prevenção dos agravos e doenças bucais no âmbito da rede pública de educação básica. Além disso, foi incentivada a realização do Dia D Mais da Saúde Bucal no PSE em 8/5. As ações ocorreram em consonância com a nota técnica da Coordenação Geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde (MS), em parceria com o Programa Saúde na Escola (PSE).

Na área de abrangência da SRS, diversos municípios aderiram ao Dia D e à Semana de Mobilização, entre os quais: Amparo do Serra, Araponga, Barra Longa, Cajuri, Canaã, Diogo de Vasconcelos, Dom Silvério, Guaraciaba, Jequeri, Paula Cândido, Pedra do Anta, Ponte Nova, Raul Soares, Rio Casca, Rio Doce, São Miguel do Anta, São Pedro dos Ferros, Teixeiras e Urucânia.
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De acordo com a coordenadora de Atenção à Saúde (CAS) da SRS Ponte Nova, Saskia Drumond, a ação mais efetiva e palpável do PSE, em sua opinião, é a saúde bucal. “Com a pandemia de covid-19, muitas ações se perderam e trabalhar uma semana temática, com a confluência em um Dia D especialmente pensado para isso, traz o resgate desse vínculo entre saúde bucal e escola, de forma articulada e intersetorial”, frisou.

Para a referência técnica da CAS em Saúde Bucal, Pedro Laponês, utilizar os espaços escolares é de grande valia para consolidar no território a Política de Saúde Bucal. “Nesses locais, podemos coletar dados epidemiológicos, realizar a entrega de kits de higiene bucal, fazer a escovação supervisionada, realizar a aplicação tópica de flúor e também encaminhar essas crianças, após o devido exame, para a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, a fim de darmos continuidade ao cuidado”, elencou.

Segundo o coordenador de Saúde Bucal do município de Raul Soares, Hugo Gonçalves Dutra, as equipes de saúde bucal nas escolas são de extrema importância, uma vez que, infelizmente, os cuidados com a boca podem ser esquecidos no dia a dia de algumas famílias. “As crianças têm um papel fundamental nessa ação, tanto no autocuidado quanto coletivamente. Elas têm curiosidade e lidam com o aprendizado de maneira muito enriquecedora, levando para a vida familiar as informações passadas por meio de oficinas, palestras, escovação supervisionada e ações coletivas”, destacou.

Rede de Atenção à Saúde Bucal (Rasb-MG)
As ações de Saúde Bucal devem ser vistas sob a perspectiva de rede, para além do contexto do Programa Saúde na Escola. Dessa forma, a Rede de Atenção à Saúde Bucal (RASB-MG) é planejada com uma base populacional de referência e com a definição da responsabilidade sanitária dos pontos de atenção, tendo como porta de entrada a Atenção Primária à Saúde (APS). A Rasb é composta pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), os Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) e os hospitais, que ofertam componentes da Odontologia Hospitalar em parceria com o Estado.

Segundo Pedro Laponês, a SRS Ponte Nova tem uma das maiores coberturas de Saúde Bucal do estado, com 100% dos nossos municípios dispondo de equipes de Saúde Bucal na Estratégia de Saúde da Família (ESF). “Também temos os CEOs de Ponte Nova e Viçosa e, ainda, o Hospital Arnaldo Gavazza Filho (HAG), referência para toda a macrorregião de Saúde Leste do Sul no que tange à Odontologia Hospitalar, com foco no atendimento eletivo de cirurgias bucomaxilofaciais, bem como as urgências e emergências e o tratamento de pacientes portadores de necessidades especiais a nível ambulatorial e hospitalar”, explicou.

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Banco de notícias Fri, 17 May 2024 11:05:22 +0000
Secretário de Saúde participa de solenidade em comemoração aos dois anos do Hospital Icismep 272 Joias, em Igarapé https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19894-secretario-de-saude-participa-de-solenidade-em-comemoracao-aos-dois-anos-do-hospital-icismep-272-joias-em-igarape https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19894-secretario-de-saude-participa-de-solenidade-em-comemoracao-aos-dois-anos-do-hospital-icismep-272-joias-em-igarape

O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, participa, nesta sexta-feira (17/5), da solenidade em comemoração aos dois anos do Hospital Icismep 272 Joias, em Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Na oportunidade, haverá atendimento à imprensa.

Entre os investimentos da Secretaria de Estado de Saúde na parceria com o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paraopeba (Icismep), destacam-se a compra de dez vacimóveis, veículos adaptados para vacinação extramuros, 20 micro-ônibus para transporte de pacientes eletivos e a contratação do serviço de drones para atuação na prevenção e combate de arboviroses.

Serviço: Solenidade de comemoração aos dois anos do Hospital Icismep 272 Joias
Data: 17/5
Horário: 15h30
Local: Rua Maurício Guimarães, 420 - Me. Liliane, Igarapé - MG

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Banco de notícias Fri, 17 May 2024 08:38:24 +0000
Epidemia arboviroses https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19893-epidemia-arboviroses https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19893-epidemia-arboviroses

Mesmo com o início do outono e consequente diminuição das chuvas no estado de Minas Gerais, o cenário das arboviroses ainda indica que a epidemia não chegou ao fim. Na Fundação Ezequiel Dias (Funed), onde está localizado o Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais (Lacen-MG), os esforços ainda se concentram para processar e liberar os diagnósticos das centenas de amostras para testagem de dengue, zika e chikungunya, que ainda chegam diariamente.

Crédito: Milena Dutra

Diversas medidas foram adotadas ao longo do ano para dar celeridade ao processo de recebimento das amostras, processamento e liberação dos resultados. Entre eles, está a contratação de 26 profissionais de saúde, em caráter emergencial, e a ampliação do horário de funcionamento dos laboratórios de análise, inclusive em período noturno, algo inédito na Funed até então. Para o diretor do Instituto Octávio Magalhães (IOM), Glauco de Carvalho Ferreira, o legado até agora é de muito aprendizado e de uma somatória de esforços. “Embora saibamos que ainda há muito o que melhorar em relação aos processos laboratoriais e ao tempo de resposta, podemos considerar que, diante da magnitude da epidemia vigente, essa foi uma das melhores respostas da Funed a uma emergência em saúde pública”, destacou o diretor.

Respostas essas que podem ser exemplificadas em números e em ações. Desde o início do ano, a Funed recebeu mais de 185 mil amostras para diagnóstico de arboviroses, sendo 16.644 em janeiro; 52.701 em fevereiro, 46.227 em março e 70.289 em abril. Números esses que representam 165% do percentual de amostras recebidas em todo o ano de 2023 para o diagnóstico das arboviroses, que também foi considerado epidêmico para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

Antes mesmo de realizar a contratação dos novos profissionais, a Funed contou com a colaboração de diversos servidores para atuarem nas forças-tarefas. Servidores esses que vieram de diferentes áreas da instituição e receberam a liberação de suas chefias para cumprirem não apenas a jornada de trabalho habitual, como horas-extras em dias úteis e nos fins de semana e feriados.

A chefe do Serviço de Gerenciamento de Amostras Biológicas, Ana Luísa Furtado Cury, conta que o intuito das forças-tarefas era atuar na conferência das amostras recebidas e na triagem das requisições no Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), processos executados de forma totalmente manual. “Um dos grandes resultados dos mutirões foi zerar o passivo da fila de recebimento de amostras. Somente em um sábado, no fim de março, que foi um dos períodos mais críticos da epidemia, foi possível conferir cerca de 19.700 amostras e realizar cerca de 3.800 triagens no GAL, o que comprova o empenho e comprometimento dos servidores envolvidos”, frisou Ana Luísa Cury.

Já o funcionamento dos laboratórios de análise no turno 12×36 noturno também trouxe ganhos significativos para o processo como um todo, segundo o chefe do Serviço de Virologia e Riquetsioses da Funed, Felipe Campos de Melo Iani. “Com o início do trabalho entre 19h e 7h da manhã, foi possível ampliar o tempo de utilização dos equipamentos, que já operavam em capacidade máxima durante o dia. Resultado disso foi um aumento de 100,97% no quantitativo de laudos liberados em abril, em relação ao mês anterior, e melhora do percentual de laudos liberados no prazo, que passou de 14,13% em março para 58,20% em abril, ressaltou o chefe do Serviço.

Outras medidas emergenciais

Além das ações já mencionadas, a Funed, recebeu apoio da Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para envio de amostras para serem analisadas nas centrais de testagem do Ministério da Saúde. “Ao todo, 21 mil amostras foram enviadas, o que contribuiu para aliviar a sobrecarga dos setores do Lacen-MG e também agilizar a liberação dos resultados para a população”, sinalizou o diretor do IOM.

Mesmo diante de todos esses esforços, a coordenadora da Divisão de Epidemiologia e Controle de Doenças (DECD) da Funed, Josiane Barbosa Piedade Moura, salienta que há ainda um grande quantitativo de amostras aguardando análise, especialmente para as análises sorológicas, uma vez que os kits diagnósticos recebidos pelos Lacens não estão sendo suficientes para acompanhar a alta demanda. “Dessa forma, mesmo havendo redução do número de amostras recebidas diariamente, os trabalhos nos laboratórios continuarão intensos por alguns meses, até que sejam testadas todas as amostras e liberados todos os resultados”, ressaltou.

Em um levantamento de dados recente, foi possível observar que a produção analítica (582.044 testes realizados) da área de epidemiologia e controle de doenças do Lacen-MG em 2024, de janeiro a abril, corresponde a 135% de toda a produção analítica realizada pelos mesmos laboratórios durante todo o ano de 2019 (431.513 testes realizados).

“Já em relação às arboviroses, de 1º de janeiro a 16 de abril de 2024, foram liberados 235.525 laudos, o que equivale a 48,36% do total de laudos de covid-19 liberados em 48 meses (março de 2020 a fevereiro de 2024)”, destacou a coordenadora da DECD. Josiane frisou ainda que a demanda pelo diagnóstico das arboviroses aumentou 662% em relação ao ano de 2023, que também foi um ano epidêmico em Minas Gerais. “Se considerarmos o ano de 2022, que foi um ano sem epidemia de arboviroses no estado, esse aumento de demanda corresponde a 1222%”, concluiu.

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Banco de notícias Thu, 16 May 2024 15:13:32 +0000
Hemominas convoca mineiros para ação que faz bem a si e ao próximo: doar sangue https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19892-hemominas-convoca-mineiros-para-acao-que-faz-bem-a-si-e-ao-proximo-doar-sangue https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19892-hemominas-convoca-mineiros-para-acao-que-faz-bem-a-si-e-ao-proximo-doar-sangue

A minha, a sua, a de quem amamos, de amigos ou vizinhos, ou mesmo de desconhecidos: o ato de doar sangue pode salvar muitas vidas. A prática - considerada um ato de amor ao próximo -, é fundamental para garantir que a Fundação Hemominas, responsável por mais de 90% das demandas transfusionais do estado, tenha estoque suficiente para atender emergências, cirurgias eletivas e pacientes com doenças hematológicas.

Crédito: Adair Gomez

Por isso, a Hemominas faz um chamado importante aos mineiros para que conheçam o processo e se candidatem a doar sangue.

Segundo dados da Assessoria de Captação de Cadastro da Fundação Hemominas, apenas 1,8% dos mineiros são doadores de sangue regulares, sendo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que esse índice seja de, pelo menos, 3% da população.

Impactos

O baixo comparecimento de doadores impacta diretamente nos estoques de sangue, quadro observado frequentemente e que pode comprometer o tratamento de pacientes em situações críticas, como é o caso dos atendidos nos ambulatórios da Hemominas.

Reinaldo Pereira da Silva, vigilante e motorista, doador há 30 anos, sabe da importância de ser um doador fidelizado e sempre comparece ao Hemocentro de Belo Horizonte (HBH) quando convocado.

“Sou doador fenotipado. Isso quer dizer que meu sangue vai para um paciente específico, que só pode receber determinado tipo de sangue, então eu venho sempre que me ligam”, conta.

Convite

A fim de manter os estoques de sangue em níveis adequados, a Hemominas convida os doadores voluntários de todos os tipos sanguíneos, em especial os dos tipos O positivo e negativo, A negativo e B negativo a comparecerem às unidades para realizar a doação e ajudar a reverter a situação de insuficiência nos estoques que, atualmente, estão 30% abaixo do ideal, em média, sendo que a queda do tipo O positivo ultrapassa 50%.

A médica Sara Alvarenga, que é do tipo sanguíneo O positivo, está completando a 15ª doação de sangue. Feliz com o ato de doar e ajudar quem mais precisa, ela destaca que não há remédio que substitua o sangue. Por isso, doa frequentemente. “Eu doo sangue há muitos anos porque sei o quanto isso é importante pra vida de outras pessoas. Com um ato tão simples, conseguimos ajudar muito”, afirma.

O mesmo pensamento tem o empresário Anderson Dias, que também percebeu a importância de ser doador.

“É a segunda vez que doo sangue e vim por causa de uma pessoa conhecida que está precisando de transfusão. Na verdade, a gente nunca atenta pra isso, até ter a necessidade, mas é uma ação que quero fazer corriqueiramente a partir de agora”, conta.

Mobilização

O estoque baixo de sangue pode provocar diversas consequências à saúde pública, como a não realização de cirurgias e tratamentos necessários, além de colocar em risco a vida de pacientes em situações de emergência. Por isso, é fundamental que a população se mobilize para manter os estoques sempre abastecidos.

“Sinto-me muito realizada e feliz em poder ajudar, colaborar com o estoque de sangue. Aproveitei minha vinda ao hemocentro e me cadastrei também para doação de medula óssea, e aproveito a oportunidade para convidar outras pessoas para doar, fazer a nossa parte. Alguém vai ser muito beneficiado com nossa atitude”, afirma Taís Solano, que doa sangue pela primeira vez.

O gesto de doar cria uma corrente do bem que beneficia a sociedade como um todo. Para fazer parte dessa corrente, basta comparecer a uma das unidades da Fundação Hemominas e realizar a doação.

Recompensa

Coordenadora do Hemocentro de Belo Horizonte (HBH), Priscila Rodrigues afirma que o ato de doar sangue é muito importante, dá satisfação para quem doa e mais satisfação ainda pra quem recebe.

Gilliard Correa, motofretista, doador há mais de 20 anos, corrobora a afirmação.

“É sempre bom fazer o bem ao próximo”, acredita.

Tarcísio Bastos, analista de rede, é outro doador que pensa assim.

“Acredito na importância de salvar vidas. Estou aqui muito feliz em ajudar e contribuir para o salvamento de outras vidas”, afirma.

Tecnologia como ferramenta

A tecnologia tem se mostrado um forte elo dessa corrente e contribuído para ampliar o alcance da divulgação da doação de sangue, promovendo a sensibilização da população para a causa.

“As redes sociais e o aplicativo para agendar a doação facilitam o acesso da população ao processo da doação de sangue, possibilita ao cidadão escolher o melhor momento para doar, informa sobre os estoques de sangue, condições/restrições para ser um doador de sangue", afirma Viviane Guerra, analista da Assessoria de Captação e Cadastro da Fundação Hemominas.

Ela lembra ainda que a informação correta e acessível é estratégia fundamental para mobilizar a população e promover a melhoria dos estoques de sangue.

Como fazer a doação

A Fundação Hemominas adota critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgãos responsáveis pela legislação nacional de hemoterapia, para avaliar quem se encontra ou não apto a doar sangue.

Entre os critérios básicos, destacam-se:

  • Estar em boas condições de saúde;
  • Ter entre 16 e 69 anos de idade - jovens de 16 e 17 anos podem doar, acompanhados pelo responsável legal ou portando autorização. A partir de 61 anos, o candidato à doação
  • precisa comprovar a realização de pelo menos uma doação anterior;
  • Pesar mais de 50 quilos;
  • Estar alimentado - após almoço, jantar ou refeições mais gordurosas, deve-se aguardar três horas para efetuar a doação;
  • Não ingerir bebida alcoólica 12 horas antes da doação;
  • Não ter sido exposto a situação de risco para doenças transmissíveis pelo sangue;
  • Não ter tido hepatite após os 11 anos;
  • Apresentar documento de identificação oficial e original, com foto, filiação e assinatura.

O analista da Assessoria de Captação e Cadastro da Hemominas, Thiago Sindeaux, lembra outros critérios, também importantes, que passaram por alterações recentes e precisam ser observados.

“O prazo de inaptidão para as pessoas que fizeram maquiagem definitiva ou tatuagem passou para seis meses, se o local tiver alvará sanitário; se não, o período continua sendo 12 meses”.

Outro procedimento que teve o prazo reduzido foi a aplicação de botox, que passou de 12 meses para 3 dias.

Importante também reforçar que os homens podem realizar até quatro doações em um período de 12 meses, com intervalo de 60 dias entre cada uma. Já as mulheres podem realizar até três doações no período de 12 meses, com intervalo de 90 dias.

Glenda Emily, estudante de fisioterapia, começou a doar sangue em agosto do ano passado e está doando pela terceira vez.

“Eu sempre vinha falando sobre a necessidade e importância da doação de sangue, mas tinha um certo receio. O desconhecido dá medo... hoje me sinto privilegiada por ser doadora. É uma experiência ótima e pretendo vir doar três vezes por ano”, afirma.

Perfil do doador

Existem quatro tipos sanguíneos principais: A, B, AB e O, que podem ser RH positivo ou negativo, cada um com características específicas.

“Os tipos de sangue mais prevalentes na nossa região são o O e o A, mas todos os grupos sanguíneos são importantes porque o ideal é a gente transfundir uma pessoa com o mesmo grupo sanguíneo dela", explica a coordenadora do Hemocentro de Belo Horizonte, Priscila Rodrigues.

O sangue tipo O positivo é o mais comum em Minas Gerais, sendo que 43,3% dos doadores de sangue cadastrados na Fundação Hemominas são desse tipo sanguíneo.
A ele se segue o tipo A positivo, que abarca 29,6% dos doadores. O tipo B positivo representa 9,4% dos doadores; o tipo O negativo, 8,6%; o tipo A negativo 4,5%; o tipo AB positivo, 2,9%; o tipo B negativo, 1,4%; e o tipo AB negativo, 0,4%.

Em geral, os tipos sanguíneos negativos representam 85,1% dos doadores de sangue e os tipos positivos 14,8%.

“Mesmo sendo o tipo mais comum entre os doadores de sangue na Fundação Hemominas, o sangue O positivo é um dos grupos que apresenta mais dificuldade em garantir estoque", destaca Nivaldo Júnior, assessor de Captação e Cadastro da Hemominas.

Para ele, a falta de doadores regulares é um dos principais motivos para a insuficiência de sangue.

"Muitas pessoas só se lembram de doar sangue em situações de emergência ou quando um parente precisa, mas é importante que a doação seja um hábito regular para manter os estoques em níveis adequados”, afirma.

Segundo dados da Assessoria de Captação, o tipo sanguíneo AB positivo normalmente é o mais abundante nos estoques da instituição. Os tipos sanguíneos dos grupos negativos são os mais raros, sendo o tipo O negativo o que tem a menor taxa, estando constantemente em estado crítico.

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Banco de notícias Thu, 16 May 2024 12:50:48 +0000
Hemominas inaugura mais uma unidade de coleta de sangue em Minas Gerais https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19891-hemominas-inaugura-mais-uma-unidade-de-coleta-de-sangue-em-minas-gerais https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19891-hemominas-inaugura-mais-uma-unidade-de-coleta-de-sangue-em-minas-gerais

Com a presença de autoridades estaduais e municipais, foi inaugurado, na tarde desta quarta-feira (15), o 13º Posto Avançado de Coleta Externa (PACE) da Fundação Hemominas. Desta vez, a unidade irá funcionar no município de Itabira, na região Central do estado.

Na solenidade de inauguração, o Secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, cumprimentou e agradeceu a todos os presentes e destacou a criação do PACE Dr. José Pinto como um passo fundamental para ampliar os estoques de sangue da Rede Hemominas, trazendo mais conforto e segurança aos doadores da cidade que, agora, não terão mais de se deslocar a Belo Horizonte para exercer esse ato solidário que salva tantas vidas. “Doar sangue é doar um pedacinho da gente, um ato de amor que alcança alguém que nem se conhece. Sabemos que essa estrada dificulta e desestimula um pouco a ida dos doadores à capital e, com este PACE, esperamos que se ampliem muito as doações na cidade e região e que ela se torne um grande fornecedor de sangue e hemoderivados para toda a população mineira”, afirmou.

Referindo-se à Fundação Hemominas, Baccheretti salientou que, entre as instituições do SUS, a Hemominas é uma das que dão “show” na iniciativa privada. “Temos muito orgulho da qualidade do sangue da Hemominas; temos tecnologias que geram um risco muito menor nas transfusões de sangue, como a inativação de patógenos, que assegura um sangue muito mais limpo e puro, principalmente com relação a doenças como covid, dengue e outras mais conhecidas. No Brasil, quem faz isso em larga escala é a Hemominas – apenas um hospital privado de São Paulo usa tal tecnologia, mas em pequena escala. Então, esse PACE vai contribuir para fornecer um sangue da melhor qualidade para a população”. E concluiu: “Parabéns a todos vocês, doadores, por doarem parte de suas vidas, de seu tempo para salvar a vida de tantos outros que vocês nem sabem quem são!”

Por sua vez, destacando o comprometimento da Secretaria de Estado de Saúde, na pessoa do secretário Fábio Baccheretti, bem como da Prefeitura Municipal na implantação do PACE, a presidente da Fundação Hemominas, Júnia Cioffi, lembrou um pouco da evolução da Hemominas ao longo do tempo. “A Fundação tem 39 anos; antes, só era possível pensar na ampliação de nossos serviços a partir de uma unidade completa, que exigia processos mais complexos, com processamento do sangue, realização de testes etc. À medida que fomos evoluindo, posso dizer que praticamos uma hemoterapia de primeiro mundo, certificados pela Associação Americana de Bancos de Sangue e, assim, temos agora a possibilidade de contarmos com os PACEs, para que o doador não precise se deslocar em caravanas para chegar às unidades, em geral, distantes. E este PACE só foi possível com a parceria da prefeitura, que nos cede servidores, funcionários e local de funcionamento, com todas as reformas necessárias. A Hemominas participa com o conhecimento técnico, o treinamento da equipe, fornecimento do material de consumo, a realização dos testes e o processamento do sangue, que depois é distribuído aos hospitais para ser utilizado da melhor forma possível”.

Também o prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage, destacou a vocação de comprometimento com a saúde que o município tem e saudou o PACE como uma grande conquista para a cidade e região. “Itabira é um orbe dedicado à doação de sangue, levando caravanas à capital. Como disse o secretário Fábio Baccheretti, doar sangue é um ato de amor. Complementando, considero que a doação é um gesto de compartilhamento dos mais nobres e humanos que uma pessoa pode fazer. Este PACE trouxe outros benefícios, como a geração de 20 empregos, uma equipe de profissionais que, com certeza, vai honrar o exemplo de desprendimento representado pelo doutor José Pinto, que nomeia nosso Posto. Parabéns, Itabira, parabéns doadores por esta grande conquista”, acentuou.

Denominado PACE Dr. José Pinto, a unidade está localizada no Hospital Municipal Carlos Chagas - rua Chácara Fernando Jardim, 555 – bairro Campestre, e deve funcionar às quintas-feiras, a partir de 6 de junho, atendendo até 60 candidatos à doação em cada dia de funcionamento. O novo PACE está vinculado ao Hemocentro de Belo Horizonte.

Ao agradecer a homenagem feita ao pai, doutor José Pinto, que emprestou seu nome ao PACE, sua filha, Natália Pinto, ressaltou, em especial, o prefeito Marco Antônio, que sugeriu a denominação. “Sentimo-nos muito orgulhosos com a homenagem. Doar sangue é um ato de amor e solidariedade ao próximo e a referência ao meu pai é um reconhecimento ao profissional que ele foi, doando-se como médico e como ser humano durante toda a vida”.

Participaram também do evento a Secretária Municipal de Saúde, Fabiana Marques Machado Lima; a viúva do Dr. Zé Pinto, Eloisa Oliveira; o diretor-presidente da Fundação São Francisco Xavier, Flaviano Feu Ventorim; o deputado estadual, Tito Torres.

Quem foi o Dr. José Pinto

Nascido em 5 de janeiro de 1952, natural de Pará de Minas, Zé Pinto, como ficou conhecido, formou-se no curso de Medicina da UFMG em 1977. Chegou em Itabira em 1980, para atuar como médico na empresa Vale do Rio Doce. No mesmo período, também entrou para o corpo clínico do Hospital Carlos Chagas, onde atuou por muitos anos, presidindo a Comissão de Ética da entidade em 2008.

Ele também trabalhou no Hospital Nossa Senhora das Dores e nas secretarias municipal e estadual de Saúde em Itabira. Além disso, foi presidente da Associação Médica de Itabira e teve cargos de representatividade em várias entidades da classe.

Possuía especialidade em Clínica Médica, Cardiologia e Geriatria. Ativo e entusiasta na profissão, sempre buscou atualização continua. Participou de inúmeros congressos e cursos, ministrou palestras e apresentou trabalhos. Foi um médico excepcional, cuja dedicação deixou marcas na comunidade itabirana. Faleceu em 7 de outubro de 2018. Por vontade própria e de conhecimento de sua família, seu corpo foi doado ao Laboratório da Anatomia da UFMG, como forma de gratidão à profissão que tanto amou.

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Banco de notícias Thu, 16 May 2024 12:04:19 +0000
Ações para o enfrentamento de doenças e agravos não transmissíveis são tema de encontro estadual https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19890-acoes-para-o-enfrentamento-de-doencas-e-agravos-nao-transmissiveis-sao-tema-de-encontro-estadual https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19890-acoes-para-o-enfrentamento-de-doencas-e-agravos-nao-transmissiveis-sao-tema-de-encontro-estadual

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realizou, nos dias 14 e 15/5, em Belo Horizonte, o Encontro Estadual de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis, que contou com a participação de referências técnicas e coordenadores das 28 Unidades Regionais de Saúde.

Crédito: Fábio Marchetto

As Dant representam a maioria dos óbitos no mundo e, em Minas Gerais, o cenário não é diferente. Elas acarretam mortes prematuras, incapacidades, redução da qualidade de vida e impactos econômicos nas famílias afetadas. Assim, o evento visa contribuir para a qualificação das ações de enfrentamento a essas condições e, consequentemente, melhorar o cenário epidemiológico do estado.

Para a coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Câncer da SES-MG, Sandra de Souza, é fundamental essa interlocução com as unidades regionais de todo o estado. “É importante que as referências estejam presentes nesse encontro porque, a partir do conhecimento e da apropriação das temáticas que estão sendo trabalhadas, elas proporcionarão apoio técnico para que os municípios possam realizar as ações de enfrentamento às Dant”, reforçou.

“Além das palestras sobre vigilância dos acidentes, vigilância das doenças crônicas não transgressivas e a vigilância das violências, também estamos trabalhando o Caderno de Prática das e Doenças e Agravos não Transmissíveis, que se propõe a trazer conceitos, referenciais teóricos e soluções em políticas públicas e financiamento das Dant no território mineiro”, explicou Sandra de Souza.

Para a referência técnica da Superintendência Regional de Saúde do município de Coronel Fabriciano, Michele Batista, é de suma importância levar aos municípios o entendimento de que é necessário conhecerem o seu território e conhecerem as ocorrências das doenças crônicas e agravos.

Ela ressalta que é preciso que os municípios atuem dentro dos territórios sanitários para que previnam e trabalhem a promoção da saúde, visto que esses eventos são onerosos aos cofres públicos, levam a várias internações e causam enormes impactos sociais, familiares e individuais.

“Após esse evento, nós, como referências técnicas, voltamos para os nossos territórios mais fortalecidas e mais orientadas para dar suporte aos municípios, para que eles trabalhem bem os eventos de doenças crônicas e agravos não transmissíveis e possam ajudar na prevenção desses tipos de agravos, onerosos à rede de saúde dos municípios”, pontuou Michele Batista.

Programação

No primeiro dia do Encontro, Amélia Augusta, doutora em Saúde Pública, professora e pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ministrou a palestra Convergências entre trânsito e saúde.  

Os eventos provocados pelo trânsito se enquadram no conceito de doenças e agravos não transmissíveis, pois não são transmitidos por um agente específico, como vírus ou bactérias, mas são decorrentes de um conjunto de fatores que envolvem o comportamento humano, a infraestrutura e as políticas públicas.

“Sabemos que muitas vezes esses eventos têm características tanto do comportamento individual quanto da questão da infraestrutura das vias e da ausência de transporte coletivo”, salientou.

“Assim, é necessário que seja dada atenção às políticas intersetoriais que contemplem políticas de saúde e educação, mas também políticas de transporte e de mobilidade urbana sustentável. É preciso aprofundar esse olhar para as cidades e o viver nelas, a urbanização e os seus efeitos sobre a saúde das pessoas”, destacou a professora.

Na sequência, a médica e professora associada da Escola de Enfermagem da UFMG, Déborah Carvalho Malta, proferiu a palestra Contextualização das Doenças Crônicas não Transmissíveis e suas atualizações baseada nas evidências científicas. A professora apresentou uma série de dados de pesquisas sobre tais agravos e doenças, divididos por recortes como sexo, idade, escolaridade e poder aquisitivo.

De acordo com ela, tais doenças são responsáveis por até 36% das mortes no país e têm como causa fatores de risco comportamentais, mais essencialmente os determinantes sociais em saúde. As doenças crônicas são mais frequentes na população com baixa renda e baixaescolaridade.

Segundo Déborah Carvalho Malta, especialmente após a pandemia de covid-19, verificou-se um aumento das taxas de mortalidade das doenças crônicas, o que demanda políticas regulatórias para que se possa reduzir a incidência dessas doenças. Ela destacou alguns desafios como, por exemplo, o aumento da obesidade, do uso de álcool pelas mulheres e do uso de tabaco pelos adolescentes, especialmente, o uso de cigarros eletrônicos.

“Portanto, há desafios contínuos e é muito importante a presença de políticas públicas de controle dessas doenças, em especial medidas regulatórias. É essencial também a participação governamental no apoio aos sistemas de monitoramento às Dant para que possam ser suporte à implantação de políticas de promoção da saúde e de prevenção dessas doenças”, finalizou a professora.

Já no segundo dia do evento, foi apresentado o Caderno de Prática das e Doenças e Agravos não Transmissíveis e realizada oficina com a participação das referências técnicas regionais para discutir as atribuições propostas aos municípios e às regionais de saúde no enfrentamento às Dant pelos territórios.

Finalizando a programação, foi ministrada a palestra Vigilância das Violências: avanços no tratamento, pela doutora em Epidemiologia, professora e pesquisadora da UFMG, Elaine Leandro Machado.

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Banco de notícias Wed, 15 May 2024 17:56:12 +0000
Rede de Atenção Psicossocial ganha reforço de leitos hospitalares e novo Caps no Norte de Minas https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19889-rede-de-atencao-psicossocial-ganha-reforco-de-leitos-hospitalares-e-novo-caps-no-norte-de-minas https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19889-rede-de-atencao-psicossocial-ganha-reforco-de-leitos-hospitalares-e-novo-caps-no-norte-de-minas

Os hospitais de Mirabela, Rio Pardo de Minas, São João do Paraíso e de Várzea da Palma estão sendo contemplados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) com a disponibilização de R$ 807,8 mil para o custeio de dez leitos de saúde mental. Em todo o estado, o investimento previsto é superior a R$ 4,7 milhões para a manutenção de 59 leitos em 33 hospitais gerais que, neste ano, foram impossibilitados de migração automática para o Programa Valora Minas.

O repasse dos recursos às instituições de referência na Rede de Atenção Psicossocial está previsto na Deliberação 4.668, da Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde (CIB-SUS) e na Resolução 9.464, publicadas pela SES-MG no dia 23/4. Os recursos serão repassados em parcela única aos fundos municipais de saúde ou diretamente à instituição hospitalar. O prazo para a execução do recurso terminará no dia 31/12 deste ano.

Na área de atuação da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros estão sendo contempladas com o repasse de R$ 161,5 mil para a manutenção de dois leitos em cada instituição os hospitais São Sebastião, de Mirabela; Tácito de Freitas Costa, de Rio Pardo de Minas e o Hospital de São João do Paraíso.

15.05.2024-Caps-Montes-Claros-Ascom-Prefeitura Montes Claros

Já o Hospital Municipal e Pronto Socorro de Várzea da Palma, sediado na área de jurisdição da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Pirapora, receberá R$ 323,1 mil para o custeio de quatro leitos de saúde mental.

A referência técnica em Saúde Mental da SRS Montes Claros, Alcina Mendes Brito, explica que, para o cuidado de até quatro leitos de saúde mental, os hospitais de apoio à Rede de Atenção Psicossocial devem possuir equipe técnica multiprofissional constituída por, no mínimo, um técnico ou auxiliar de enfermagem por turno; um profissional de nível superior (psicólogo, enfermeiro, assistente social ou terapeuta ocupacional com especialização na área de saúde); um médico clínico responsável pelos leitos e um médico psiquiatra de referência, podendo ser um profissional lotado na Rede de Atenção à Saúde do município ou no Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Nos casos da inexistência de médico psiquiatra, será aceito como profissional de referência o médico com formação em saúde mental do Caps de referência.

Montes Claros
Já por meio da Portaria 3.735, publicada no dia 7/5, o Ministério da Saúde (MS) está disponibilizando mais de R$ 2,4 milhões ao Fundo Municipal de Saúde de Montes Claros para a construção de um Centro de Atenção Psicossocial. Os recursos serão transferidos em parcela única e o município deverá, periodicamente, informar a situação da execução da proposta habilitada no Sistema de Monitoramento de Obras (Sismob), mantido pelo Ministério da Saúde, além da prestação anual de contas aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde.

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Banco de notícias Wed, 15 May 2024 17:33:28 +0000
Vinte municípios da Regional de Saúde de Januária realizam Dia D e Semana de Mobilização em Saúde Bucal https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19888-vinte-municipios-da-regional-de-saude-de-januaria-realizam-dia-d-e-semana-de-mobilizacao-em-saude-bucal https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19888-vinte-municipios-da-regional-de-saude-de-januaria-realizam-dia-d-e-semana-de-mobilizacao-em-saude-bucal

A data de 8/5 marcou a realização do Dia D Mais Saúde Bucal no Programa Saúde na Escola (PSE), com o desenvolvimento de ações em todos os estados brasileiros. Em Minas Gerais, considerando os diferentes cenários no que se refere à capacidade operacional das Equipes de Saúde Bucal (eSBs), foram realizados dois movimentos: o Dia D Mais Saúde Bucal no PSE e a Semana de Mobilização em Saúde Bucal nas Escolas, que ocorreu no período de 6 a 10/5.  Na área de abrangência da Gerência Regional de  Saúde (GRS) de Januária 20 municípios aderiram às ações.

A Coordenação Geral de Saúde Bucal/Ministério da Saúde, em parceria com a área técnica do Programa Saúde na Escola (PSE), está desenvolvendo a ampliação das ações de saúde bucal. Em comemoração ao primeiro ano de assinatura da Lei nº 14.572, de 8 maio de 2023, que incluiu a saúde bucal no campo de atuação do SUS, foi realizado como marco o Dia D Mais Saúde Bucal no PSE em todo território nacional.
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Na área da Regional de Saúde de Januária, as equipes de saúde bucal municipais desenvolveram diversas práticas de saúde bucal englobando a escovação dental supervisionada; a aplicação tópica de flúor e exame bucal com finalidade epidemiológica, tratamento restaurador atraumático (ART), além da educação em saúde. Por meio dessas ações é possível ampliar o acesso dos alunos às pautas voltadas à saúde bucal promovendo a prevenção aos agravos mais prevalentes em saúde bucal e a verificação das necessidades apresentadas por esse público, permitindo a continuidade do cuidado pelos cirurgiões dentistas das eSB em ambiente clínico.

Para Isabela Crispim, referência técnica em Saúde Bucal da Regional de Saúde de Januária, “o Dia D Mais Saúde Bucal no PSE fortalece e dá notoriedade às ações e práticas que já são realizadas de forma corriqueira no cenário do PSE”.

O Dia D foi um marco muito importante em São João das Missões, de acordo com Álvaro Augusto Martins Santos, coordenador municipal de Saúde Bucal. “Mesmo o município já tendo uma boa adesão às ações do PSE, esta iniciativa pioneira possibilitou o fortalecimento e a ampliação das ações de saúde no ambiente escolar”.

Para Jéssica Josymara Ferreira, referência técnica e cirurgiã dentista de São João da Ponte, “as ações como essa do dia D que ocorreram a nível nacional, foram importantes para mostrar que a odontologia vai muito além de atendimentos clínicos, envolvendo ações de prevenção e educação em saúde que até então estavam esquecidas nas nossas atividades diárias”. Jéssica Ferreira ressaltou que ter a presença da equipe de saúde bucal na escola mostra que a prevenção tem um papel fundamental e valioso na atenção primária.

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Banco de notícias Wed, 15 May 2024 17:21:09 +0000
Minas reforça ações de conscientização e promoção da saúde bucal nas escolas https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19887-minas-reforca-acoes-de-conscientizacao-e-promocao-da-saude-bucal-nas-escolas https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19887-minas-reforca-acoes-de-conscientizacao-e-promocao-da-saude-bucal-nas-escolas

A saúde começa pela boca – tanto a saúde física como a mental. Com a boca dizemos o quanto amamos, o quanto odiamos, pedimos carinho, e até cantamos para espantar os males. A boca saudável é como um cartão de visitas. O sorriso, mesmo que sutil, desarma situações estressantes, enquanto o mau hálito pode acabar com uma reunião. Mas, para além dos aspectos superficiais da imagem – que tem sua importância para a saúde mental e bem-estar – os cuidados com a boca e a saúde bucal são fundamentais para a manutenção da saúde de todo o corpo: uma boca mal cuidada pode acarretar até problemas cardíacos sérios.

É por isso que o SUS (Sistema Único de Saúde) trata o assunto com tanta importância. Além dos diversos programas de promoção da saúde bucal, o SUS também atua em conjunto com outras áreas para fortalecer e ampliar o alcance de ações nessa área da saúde. Um exemplo é a parceria da Coordenação Geral de Saúde Bucal, do Ministério da Saúde (MS), com a área técnica do Programa Saúde na Escola (PSE) da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). 

Dia D na APAE de Uberaba - Foto: Divulgação SMS Uberaba

O objetivo é desenvolver e ampliar ações de saúde bucal no PSE, contemplando, além da promoção da saúde e da prevenção das doenças bucais, a recuperação em saúde bucal. O marco dessa ampliação de ações no ambiente escolar foi o “Dia D - Mais Saúde Bucal no PSE”, promovido no dia 8/5 em todo o estado de Minas Gerais.

 

Saúde bucal no SUS e nas escolas

Sheila Beatriz Oliveira, coordenadora de Atenção à Saúde e Saúde Bucal da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Uberaba, explica que, em comemoração ao primeiro ano da Lei nº 14.572, de 8 de maio de 2023, que altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, incluindo a Saúde Bucal no âmbito do SUS, o Ministério da Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde de MInas Gerais (SES-MG), estão ampliando as ações de saúde bucal no Programa Saúde na Escola. Segundo ela, “além de contemplar a promoção da saúde bucal e a prevenção das principais doenças, o programa também prevê a recuperação da saúde bucal com o Tratamento Restaurador Atraumático (ART).” 

Sheila explica ainda, que o Dia D - Mais Saúde Bucal no PSE é um marco dessas ações de ampliação, e conta que, “em Minas Gerais, são 851 municípios aderidos ao ciclo do programa saúde na escola 2023-2024, sendo 9.757 escolas pactuadas”. Segundo Sheila, cerca de 66% delas são consideradas prioritárias, por atenderem áreas de situações de vulnerabilidade social. “Assim, o Dia D é um marco para que, futuramente, as equipes de saúde bucal reservem, de forma permanente, um turno de sua agenda fixa para o trabalho de saúde bucal no Programa Saúde na Escola”, completa a coordenadora.

Diversas escolas no Triângulo Mineiro estiveram mobilizadas nos últimos dias. As equipes de saúde bucal da Atenção Primária trabalharam com crianças e adolescentes, de forma lúdica, cuidados preventivos e escovação supervisionada. Em Nova Ponte teve teatro de fantoches, em Cascalho Rico a “Fada do Dente” alertou sobre os alimentos ricos em açúcares. Em Itapagipe, foi feita escovação supervisionada e bochecho com flúor, além de exames e aplicação de técnicas de ART. Em Limeira do Oeste, foram oferecidos kits de higiene bucal e, na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Uberaba, houve teatro com bonecos e aulas de escovação de forma lúdica, usando um boneco de boca gigante. 

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Triângulo Mineiro – referência nacional de ensino e pesquisa

O curso “Qualificação das equipes de Saúde Bucal no Programa Saúde na Escola (PSE)”, lançado recentemente pelo Ministério da Saúde (MS) para capacitar os profissionais da Atenção Básica, é coordenado pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia-Saúde Oral e Odontologia (INCT-Saúde Oral e Odontologia) - que possui sede na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) - e conta com parcerias das faculdades de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), além da Associação Brasileira de Odontopediatria (Aboped).

O professor titular da Faculdade de Odontologia da UFU e coordenador do INCT-Odonto, Carlos José Soares, ressalta a importância das parcerias para ampliar o acesso e trabalhar com ações preventivas.“A Universidade é um ponto de apoio para a saúde do município, para as famílias e as escolas”.

 

Tratamento Restaurador Atraumático (ART) no ambiente escolar

Uma das linhas de pesquisa do INCT-Odonto é o Tratamento Restaurador Atraumático (ART). Baseado no conceito de mínima intervenção e máxima preservação das estruturas dentárias, o ART se caracteriza pela remoção parcial da dentina atingida pela cárie e selamento da cavidade com cimento de ionômero de vidro de alta viscosidade.

Em Uberlândia, a Escola Estadual Duarte Pimentel de Ulhôa faz parte do PSE e é uma unidade de referência para o estudo do ART. A diretora Gisele Maria de Lima reforça a parceria entre Saúde e Educação, além da ampliação de escolas beneficiadas. “Tudo começa na educação, e uma vez que você dissemina essas ideias de cuidados na escola, isso vai ao longo da vida”, disse a diretora. “Esperamos que projetos como esse sejam espalhados e mais escolas possam estar abertas, impactando na vida dos meninos e das famílias de forma positiva. Para nós, é um presente”, comenta Gisele.

A equipe municipal de saúde bucal do território faz a orientação e atendimento prévio para a triagem dos alunos. Com os pacientes selecionados, professores e estudantes do curso de pós-graduação da Faculdade de Odontologia da UFU, a partir da ação da Liga Acadêmica de Odontopediatria (LiOP), fazem o ART.

Dia D Saúde Bucal nas Escolas - Foro: Lilian Cunha

O coordenador do INCT-Odonto afirma que o ART no ambiente escolar diminui as chances de piora da saúde bucal e permite que crianças e adolescentes tenham acesso ao tratamento sem precisar se deslocar até uma Unidade Básica de Saúde (UBS). “O impacto dessa ação nas escolas pode ajudar a reduzir o custo futuro com próteses reabilitadoras para a saúde pública e melhora a qualidade de vida das crianças”, destaca Soares.

 

Saúde bucal no SUS – onde tratar?

No SUS, em 2013, foi implementada a Política de Saúde Bucal que reorientou e modificou a rede de atenção integral à saúde bucal que é articulada em três níveis: primária, secundária e terciária. A divisão é planejada de acordo com uma base populacional considerando a responsabilidade sanitária da região.

Assim, o paciente que deseja cuidar da boca é atendido na Atenção Primária à Saúde (APS), que em Minas Gerais, conta atualmente com 3.993 equipes disponíveis para o primeiro atendimento e o acompanhamento. Caso precise de atenção especializada, o paciente é encaminhado para os níveis secundários, em um dos 108 Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e/ou em 638 Laboratórios Regionais de Prótese Dentária (LRPD). Em casos mais graves e emergenciais, o último nível é na assistência especializada, em um dos 165 hospitais mineiros credenciados que possuem estruturas mais complexas, com cirurgião-dentista.

Saiba mais em: https://www.saude.mg.gov.br/saudebucal

 

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Banco de notícias Wed, 15 May 2024 16:44:10 +0000
SRS Barbacena realiza última etapa do Ciclo Formativo do Saúde em Rede https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19886-srs-barbacena-realiza-ultima-etapa-do-ciclo-formativo-do-saude-em-rede https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19886-srs-barbacena-realiza-ultima-etapa-do-ciclo-formativo-do-saude-em-rede

Nessa terça-feira (14/5) gestores e técnicos/tutores municipais participaram da última etapa do ciclo formativo do Saúde em Rede, promovido pela Coordenação de Atenção à Saúde da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Barbacena, em parceria com o Nível Central da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG) e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems Regional).

De acordo com a Coordenadora de Atenção à Saúde da SRS Barbacena, Rosiany Araújo de Paula, o projeto teve início no polo Barbacena, em dezembro de 2022, e o monitoramento final aconteceu nessa última oficina realizada em 14/5. Em relação ao projeto, Rosiany explicou que, no total, “foram 12 encontros presenciais, sendo três etapas preparatórias e nove ciclos de formação de tutores municipais, em que tivemos a participação dos 33 municípios da SRS Barbacena”, pontuou.

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Sobre a implementação do Saúde em Rede nos municípios, a coordenadora destacou que “os próximos passos para organização e integração dos processos de trabalho da Atenção Primária à Saúde (APS) e Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) serão a realização das oficinas nos municípios pelos tutores capacitados; expansão interna nos municípios aos demais pontos de atenção da APS e da AAE, e, no final de junho, acontecerá em Belo Horizonte o Seminário de Boas Práticas do Projeto Saúde em Rede”.

Saúde em Rede
O projeto Saúde em Rede tem o objetivo de reorganizar a forma de trabalho das equipes de saúde, melhorando a integração entre atenção primária, atenção especializada e hospitalar, criando uma Rede de Atenção à Saúde. Com isso, o foco estará nas necessidades dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

De forma gradativa, o projeto oferece às equipes de Saúde de todos os municípios mineiros abordagens teóricas e práticas com foco na qualificação de pessoas e processos. Sua metodologia busca envolver dirigentes e técnicos do nível central e das regionais de saúde, bem como os gestores municipais e suas equipes, incluindo, principalmente, todos os trabalhadores que atuam nas unidades de saúde.

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Conta-se com o apoio de analistas centrais, analistas regionais, apoiadores da Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) e apoiadores do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-MG). Essa diversidade de atores demonstra uma política altamente capilarizada no território, levando em consideração uma importante estratégia do SUS que visa a contribuição para a organização dos serviços de saúde e a Educação Permanente em Saúde.

Além disso, a Deliberação CIB-SUS/MG Nº 3.051, de 13 de novembro de 2019, instituiu o Grupo Condutor do Saúde em Rede. Sendo esta, uma instância de governança composta por representantes de todas as subsecretarias da SES-MG, Cosems e ESP-MG que contribui para a tomada de decisões mais assertivas e que leve em consideração as opiniões de todos os envolvidos no projeto.

Com o Saúde em Rede, o impacto que o Governo de Minas Gerais almeja é o ganho de tempo para o cidadão, com a diminuição das filas; ganho em qualidade, com a melhoria e reorganização dos centros de saúde; e ganho em economia, pois, com uma gestão mais inteligente de processos de atendimento, haverá também mais eficiência nos gastos dos recursos públicos.

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Banco de notícias Wed, 15 May 2024 16:26:10 +0000
Regional de Saúde de Pouso Alegre participa da inauguração de duas bases descentralizadas do Samu em Pedralva e Delfim Moreira https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19885-regional-de-saude-de-pouso-alegre-participa-de-inauguracao-de-duas-bases-descentralizadas-do-samu-em-pedralva-e-delfim-moreira https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19885-regional-de-saude-de-pouso-alegre-participa-de-inauguracao-de-duas-bases-descentralizadas-do-samu-em-pedralva-e-delfim-moreira

A superintendência Regional de Pouso Alegre participou da inauguração de duas novas bases descentralizadas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) em Pedralva e Delfim Moreira, no dia 10/5.

A superintendente regional de Saúde de Pouso Alegre, Adriana Ferreira, ressaltou que estas bases são fruto de muitas reuniões, discussões e pactuações envolvendo vários entes: municípios, Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) - nível central e regional - e Ministério da Saúde (MS). “A implantação de novas bases traz uma melhora no tempo resposta ao cidadão que necessitar do serviço”.

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A diminuição do tempo resposta do Samu à população com a inauguração das bases também foi destacada pelo coordenador de Redes de Atenção à Saúde da SRS Pouso Alegre, Lucas Botazini, pois o intervalo entre solicitação de atendimento e a chegada da ambulância ao local onde está a vítima a ser socorrida é menor. “São municípios que estão em áreas rurais muito extensas, e novas ambulâncias para atendimento às urgências corroboram com um atendimento mais rápido e efetivo”, disse o coordenador.

O secretário executivo do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Macrorregião Sul de Minas (Cissul/Samu), Filipe Augusto, explicou sobre a importância da inauguração das novas bases. “Somente neste ano, o Cissul teve mais de 80 mil atendimentos com vidas sendo salvas e cinco mil transferências feitas. Além disso, temos o orgulho de ser uma instituição de ensino com Núcleo de Educação Permanente fazendo treinamento de urgência e emergência no Sul de Minas”, pontuou.

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As bases vão integrar o atendimento aos 153 municípios que fazem parte da área de cobertura do Cissul. “Esta inauguração foi esperada por um ano e a população anseia por esse momento histórico que, com certeza, vai trazer mais segurança aos munícipes devido a credibilidade do Samu como instituição” destacou a secretária municipal de Saúde de Delfim Moreira, Marcia de Oliveira.

Pedralva foi escolhida tecnicamente pela sua localização estratégica no epicentro de municípios que não têm nenhuma base, como Cristina, Conceição das Pedras, São José do Alegre e Piranguinho, atendendo a toda essa população circunvizinha, segundo o secretário municipal de Saúde do município, Eduardo Guimarães da Rocha. “Esta localização estratégica certamente irá diminuir o tempo de resposta para o atendimento do Samu”, concluiu.

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Novas bases do Samu
No dia 26/4, em Varginha, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) participou da entrega de 30 novas ambulâncias ao Consórcio Público Intermunicipal de Saúde do Macro Região do Sul de Minas (Cissul/Samu). Foram entregues 20 ambulâncias para renovação de frota e dez para a ampliação de novas bases descentralizadas.
Outra base descentralizada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) foi inaugurada em Heliodora, no dia 3/5, contando com a participação da SRS Pouso Alegre na cerimônia de inauguração.

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Banco de notícias Wed, 15 May 2024 11:46:52 +0000
Projeto Saúde em Rede - Polo BH encerra atividades e profissionais de saúde colocam conhecimentos em prática https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19884-projeto-saude-em-rede-polo-bh-encerra-atividades-e-profissionais-de-saude-colocam-conhecimentos-em-pratica https://saude.mg.gov.br/component/gmg/stories/19884-projeto-saude-em-rede-polo-bh-encerra-atividades-e-profissionais-de-saude-colocam-conhecimentos-em-pratica

Reorganizar a Rede de Atenção à Saúde do estado, por meio da realização de mudanças nos processos de trabalho da Atenção Primária à Saúde e dos serviços de Atenção Ambulatorial Especializada. Estes são os principais propósitos do Projeto Saúde em Rede que, neste mês de maio, encerrou suas atividades no Polo Belo Horizonte.

Composto pelas microrregiões de saúde de Belo Horizonte, Nova Lima, Santa Luzia e a microrregião de Vespasiano, cerca de 80 profissionais de saúde agora voltam aos seus municípios para colocarem em prática tudo que aprenderam em um longo período de muito aprendizado.

Durante meses, foram construídos diferentes espaços de ensino que ampliaram a capacidade das equipes de analisarem seus processos de trabalho e organizá-los sob a perspectiva da Educação Permanente em Saúde. O surgimento do Projeto Saúde em Rede é justamente uma resposta às mudanças no perfil demográfico, à transição epidemiológica e aos estilos de vida da população, o que traz uma prevalência das condições crônicas de saúde.

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Essas transformações geraram a necessidade de uma organização de forma integrada, compreendendo a Atenção Primária à Saúde (APS) como ordenadora do cuidado. Em números, foram realizados 9 encontros formativos, 16 oficinas tutoriais de Atenção Primária à Saúde e 12 oficinas tutoriais de Atenção Ambulatorial Especializada.

Com um evento de encerramento, realizado no dia 6/5, os profissionais do Polo BH realizaram uma retrospectiva de todos os trabalhos realizados e que abordaram entre outros assuntos:

Primeiro encontro: a compreensão do Projeto e suas estratégias de monitoramento, a importância do trabalho em equipe e de forma colaborativa.

Segundo encontro: às características da relação entre as equipes de Atenção Primária à Saúde e de Atenção Ambulatorial Especializada.

Terceiro encontro: discussão dos papéis das equipes com foco no cuidado materno-infantil, os fluxos e critérios do compartilhamento do cuidado à gestante e a importância do cadastramento familiar.

Quarto encontro: discussão sobre como são realizadas as visitas domiciliares e compreender a classificação de risco familiar.

Quinto encontro: discussão das barreiras de acesso à saúde e desenvolvimento de práticas educativas para o cuidado aos usuários com condições crônicas.

Sexto encontro: compreensão dos elementos necessários ao dimensionamento da capacidade operacional da unidade de Atenção Ambulatorial Especializada.

Sétimo encontro: compreensão das características de condições agudas e suas diferenças em relação às condições crônicas, e a importância da estratificação de risco.

Oitavo encontro: compreender as principais causas de morte de mulheres durante o puerpério e discutir as potencialidades da educação em saúde para o cuidado à saúde da gestante.

Nono encontro: conhecimento dos aspectos do perfil epidemiológico da Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus no Brasil.

Complementando a retrospectiva e todo aprendizado, o artista Vando Euripes, do Projeto Hico Art, apresentou a peça teatral Nascença, Vivença, Sabença, Passança.

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O momento foi uma verdadeira reflexão na qual situações e falas da população mineira foram mostradas, registrando a sabedoria que se adquire por meio da experiência e do conhecimento.

Após todo esse processo, os profissionais dos municípios participantes voltam com informações e ideias para reorganizar suas equipes e assim aprimorar os trabalhos no atendimento à população.

A gestora de Saúde do município de Pedro Leopoldo, Michele Moreno, elogiou muito a proposta do projeto. "O Saúde em Rede foi um aprendizado e uma construção para todas as referências técnicas. Essa qualificação oportunizou a aproximação da rede, a entrega dos processos de trabalho e a promoção à saúde. Esperamos qualificar cada vez mais nossas redes de atenção e aprimorar cada vez mais o cuidado à população”, disse.

A médica de família e também gestora de Saúde de Lagoa Santa, Karina Viana Brandão, destacou a importância do Saúde em Rede. “A importância que este projeto tem para o município é de reorganização do fluxo da atenção primária. Quando reorganizamos o serviço, conseguimos atender tanto demandas de saúde agudas, quanto crônicas de forma mais ampla e com um serviço mais qualificado ", destacou.


O projeto Saúde em Rede foi desenvolvido pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), em parceria com a Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG).

O projeto foi iniciado em 2019, em sua etapa piloto, para a macrorregião Jequitinhonha e foi expandido para outras regiões do estado.

Os analistas regionais do Saúde em Rede no Polo Belo Horizonte Maídila Sales de Mello, Patrik Felix Jardim, Ana Luiza Vieira de Freitas e Regina Eufrasio Trindade também destacaram o que significou toda a interação e aprendizado ao longo do período.

“As atividades do projeto nos permitiram, enquanto referências técnicas dos programas da atenção primária à saúde e da atenção especializada, acompanhar esses municípios e juntos promovermos o fortalecimento e integração entre os serviços com foco no atendimento às necessidades de saúde da população”. Os profissionais destacaram que a participação no Projeto Saúde em Rede – Polo BH significou momentos de aprendizado, compartilhamento e crescimento profissional.”

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Banco de notícias Wed, 15 May 2024 10:17:55 +0000